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domingo, 24 de fevereiro de 2013

Desejar o Bem

Creio que esta seja a fase mais difícil desde que assumi que não há necessidade de se "vencer" para ver algo que queremos acontecer, para vermos alguém feliz.
O fato é que somos egoístas e desejar que alguém fique bem sem querer fazer parte da felicidade de maneira efetiva sendo você o motivador daquela felicidade é algo extremamente difícil. Ainda mais quando do outro lado não temos a compreenssão do nosso esforço e parece que somos interpretados como urubus esperando o mal acontecer para estarmos por perto, pois é esta a sensação que sinto com a recusa de entendimento das minhas ações e o distanciamento oriundo da minha tentativa de manter uma amizade sincera.
Até parece que o esforço, todo o esforço de aceitação e entendimento, foi inútil já que a forma mais cortês a qual coloco em pratica o contato é respondida com uma frieza mordaz em um silêncio doloroso que tira todo o valor do esforço prévio.
Duramente golpeado, pergunto a Deus de que adianta tentar tornar as coisas mais amenas e apoiar algo que o próprio instinto humano é contra por natureza?
Não seria melhor, aguentar a dor calado e não mais desejar pela felicidade de outrem, afinal esta clara a falta de interesse no sentimento, a duras penas cultivado.
Digo mais, está claro que é desejo da outra parte que simplesmente eu a esqueça e siga a minha vida sem sequer lembrar dela.
Sublimar o que sentimos para contribuirmos de uma maneira diferente a felicidade de quem gostamos vem se mostrando, pelo menos até o presente momento, prática ingrata e que beira a tortura. Porque aquém do esforço quem despreza esta vivendo a sua felicidade e se sentindo mal com o meu apoio, me julgando mesmo um invasor no seu mundo perfeito.
A empatia, que é base desta sublimação, não passa nem perto do outro lado do front, e vejo que tem ar de sarcasmo até na força com que se ignora o esforço. De fato é possível imaginar os risos estridentes vindos do outro lado ao contar somente sobre as partes legais do relacionamento vigente sem sequer perguntar ou se importar com como estou vivendo ou seguindo o meu caminho. Negando as vezes o básico que é uma palavra amiga quando peço desesperado por um "tudo vai dar certo, acalme-se".
Não há como dizer que não há uma má vontade em ver que estou tentando apenas torcer e ser amigo apoiando na conquista da felicidade. Dá até pra entender que há uma vontade de magoar com o intuito de fazer desistir, menosprezando a importância do sentimento dirigido.
Sinceramente, mesmo quando teve a oportunidade de desmentir tal ideia preferiu ignorar e deixar como esta fazendo sim é surgir mais uma mágoa deliberadamente.
O fato é que apesar da religião me escorar no intento, sou humano e me ver tratado assim destrói a auto estima e faz somente ressurgir dor onde as coisas estavam calmas.
Não entendo as ações, jogo tão limpo mas parece que é sempre assim que as coisas têm que ser. O meu valor não sobrepuja a vontade individual do outro lado e assim todo o esforço parece parte do dantesco e sarcástico ridículo.
Que qualidades tenho eu? Se nem na amizade sou bem visto, preferem a distancia e nada mais.

Hoje lembrei da promessa que fiz há algum tempo "respeitar as mulheres". Quer maior respeito que este?
Recebe punição quem cumpre com a palavra Senhor?
É punido também aquele que deseja o Bem Senhor?
Merece silêncio aquele que se esforça para orar e lutar para a alegria de outrem, mesmo que em outro caminho que não o dele Senhor????

Não sei, só sei que o tamanho que a mágoa ganhou me trouxe de volta "dores" de outras épocas e me sinto totalmente incapaz, a cada dia, de seguir os seus desígnios Senhor. Vejo mesmo que a cada esforço que faço para me aproximar do seu Amor menos feliz me torno e mais magoado fico.

Hoje, após postar este texto pretendo fechar as portas do meu jardim. Cheio de ervas danosas da maneira que esta. E vou esperar um milagre.

Sim, não vou mais lutar, vou abaixar a guarda e esperar a coragem me tomar pelos braços para que tudo se resolva pelo menos aqui diante dos olhos que vêem.

Tudo o que plantei parece ter sido o ódio e a colheita esta sendo dolorosa demais. Já suportei o que eu podia, não aguento mais ser valente e fingir que as coisas vão melhorar, porque não vão.
Vejo meu corpo físico se minguar diante das dores do emocional e por mais que eu ore e me esforce parece que nada muda e que as questões ficam sempre do jeito que estão. O hoje é o amanhã e o amanhã é o ontem  e assim vai sem mudança. Não posso mais com isso. Não é um caso especifico é a vida em si que demonstra a minha inaptidão.



segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Soneto de Fidelidade (adaptado). Com Licença de um pequeno poeta

Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama


(..)
Eu possa dizer do amor (que tenho):
Que a imortalidade é o ar que ele respira, posto que vai n'alma.
E que mesmo sem vida, vive posto que é eterno.   
Vinícius de Moraes com uma pequena adaptação de um poeta sem muita expresssão chamado Manakeu..

 Reconfigurei a última estrofe do poema, pois não compartilho da ideia original e também para poder assim expor minha própria convicção. 

Amor é chama, mas não como o fogo que vemos, podemos tocar e sentir o quanto é forte e queima, mas que morre com o fim do combustível. 
O verdadeiro Amor é chama da alma, por isso "é fogo que arde sem se ver", 
É como a própria alma, eterna e não se extingue apenas se ameniza ou se inflama
Vai  pela eternidade a fora ora ardendo, ora queimando, ora apenas aquecendo
Seguindo o curso rumo ao reencontro com aquele que é puro Amor 
Reencontrando o Amor que é chama em todos os corações.



Culpado! (pequenas de proposito)

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