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domingo, 25 de agosto de 2013

Timidez, Tim Maia, Sentimentos... pensamento

Meus olhos não marejam mais, a cada dia vejo esta situação como natural.
O Tim Maia nunca fez tanto sentido, "...enquanto o outro ri", sábia dedução que confirmo empiricamente a cada dia.
Os dias são desgastantes, cansativos e no dia a dia vou comprovando, também empiricamente, um ditado "o trabalho dignifica o homem". Talvez não seja dignidade, mas dá utilidade, ocupa o tempo dá sentido a existência.
A vida social não é algo simples e caso você sofra de uma timidez crônica, ou simplesmente não consiga se aproximar das pessoas as dificuldades aumentam. Muitos com estas dificuldades preferem a proteção da família e vivem neste universo mais intimo que algumas famílias proporcionam a seus integrantes.
Em outras palavras nos abrigamos dentro do seio familiar nos protegendo das dificuldades do mundo la fora até que as condições fiquem favoráveis para que possamos nos aproximar de alguém ou de algum grupo e se possível levamos estas "conquistas" para dentro do seio familiar também agregando membro não parentes ao nosso ninho familiar.
Contudo, sabemos que nem sempre as famílias são bem estruturadas e ai para as pessoas com as dificuldades citadas fica difícil de se ter algo para fazer num final de semana, por exemplo, quando não trabalhamos e as atividades sociais requerem alguma companhia. Afinal uma pessoa tímida não gosta de ficar exposta em eventos sozinha, pois o tímido não um anti social ele apenas não tem a mesma desenvoltura para se envolver socialmente.
Neste sentido, não precisamos pensar muito para vermos que um tímido com uma família uma difícil é solitária.
Com o tempo o trabalho se torna a válvula de escape, a vida, a família e isto é bom é interessante. Até chegar o longo final de semana é quando vemos que existe outra vida e que as pessoas trabalham para mantê-la.
Então, este texto vem apenas para expor alguns sentimentos de um cara tímido. Não é uma reclamação é apenas uma forma de mostrar que existem pessoas tímidas e que pelos motivos expostos elas se sentem assim também.
Não, creio que seja uma situação tão incomum, creio ainda que muitas destas pessoas acabam sofrendo nas mãos de pessoas que fingem gostar delas, mas só as usam. Graças a Deus não é o meu caso, mas vi isto acontecer com algumas pessoas.
Alias, conheci uma menina que não soube ver que eu queria o bem dela, mas ela era tratada desta maneira por pessoas que não a queriam por perto, mas queriam a casa da família dela na praia, queria os descontos que ela conseguia na loja que ela trabalhava.
Um dia em uma conversa franca mostrei a ela que eu também não tinha muitas amizades, mas que vivia mesmo assim.
Fiquei surpreso com o que ela me disse. Ela fez só uma série de perguntas e terminou a conversa e foi assim:
"E você se sente feliz? Tem com quem ir ao cinema, mesmo que com muita dificuldade? Quando esta com uma dor pode ligar para alguém que mesmo sem muita vontade vai te ouvir?"
Com o meu silêncio ela emendou dizendo... "Então, reveja os seus conceitos. As vezes não precisamos de sinceridade nos sentimentos, precisamos de sentimentos".
Bom, após muito pensar ainda discordo dela... mas queria muito expor ao mundo que existem pessoas boas vivendo assim, por conta da timidez e de famílias distantes.
Torço para que um dia as pessoas se tratem como irmãos e que a dificuldade de se relacionar seja motivo para que os outros irmãos se aproximem e não para que oportunistas encontrem suas vantagens em troca de algo que não tem preço, os sentimentos.

sábado, 24 de agosto de 2013

SUSTO

Perder um pouco das forças deve ser normal com o tempo.
Afinal o tempo passa e nada muda significativamente e lidar com a solidão e o sentimento de ser deixado de lado não é algo simples.
Hoje acordei com dor no peito após passar a noite num sonho onde a solidão falava comigo. Onde me sentia sozinho e percebi que não sei o que é carinho além do manifestado pelas minhas próprias palavras.
Quero me manter firme e forte na minha vida, pois me sinto bem e sei que estou indo bem apesar dos pesares. Contudo, olho a minha volta e vejo que praticamente não existem esperanças de ter um abraço, um sorriso, um oi que seja de maneira espontânea de ninguém que eu conheça.
O pior é que devido as diversas experiencias, hoje sinto medo de me aproximar de novas pessoas. Afinal são histórias dolorosas que se repetem, então por enquanto ainda não estou pronto para mais dores.
Bom para resumir a lamuria...
Eu tenho muito carinho dentro de mim, mas não posso e nem sei o que é dar ele a alguém...
Talvez ele não tenha valor algum...
Talvez eu não tenha valor algum...
A falta de esperanças é algo bem complicado de lidar...
Afinal as amizades tornaram-se um oasis no deserto que desaparece assim que chegamos perto.

Isto não é uma novidade, mas eu nunca havia sentindo  dor no peito por conta disso 
fiquei assustado com o tamanho da dor e a tristeza que me fez até acordar....

domingo, 18 de agosto de 2013

Illuminare. (Retribuere)

Aos poucos consigo ver uma pequena mudança nos ventos do futuro e a sentir que não é mais tão distante e absurdo algo que antes parecia tão improvável. 
Quando o coração começa a ver um pouco de esperança nos atos cultivados a duras penas é o momento que começamos a sentir que o sofrimento de não desistir valeu a pena.
As feridas ainda doem muito, o medo ainda é presença constante e ainda são noites terríveis de insegurança total, sem a certeza concreta.
Contudo, para descrever a sensação que tenho neste momento de uma maneira bem pratica, comparo-a ao sentimento do operário ao ver pronto o piso térreo de uma edificação onde a evolução do trabalho foi árdua e as fundações pareciam ser impraticáveis no solo as vezes barroso, outrora arenoso, que exigiu-lhe muito suor e sofrimento. 
Sou este operário que ao ver um pouco de luz em seu caminho lembra o passado e agradece a Deus por não ter desistido e por ter mantido as forças não se deixando cair tragado pela areia ou engolido pela lama. 
Assim como este operário, sei que há muito ainda a fazer, muitas etapas a vencer e que o caminho ainda esta longe de ser fácil, hoje porém, sei que o esforço surte efeito e que a pequenos passos seguimos a diante.
Sinto que vale a pena seguir adiante, que não é esforço perdido e que em algum momento bem distante as dificuldades darão lugar a alegria de algo sincero e verdadeiro e isso me deixa mais forte.
Claro que muitos revezes podem surgir daqui até a edificação ficar pronta e que nada esta construído ainda, mas é muito mais fácil sentir em mim um pouco de paz agora. O coração esta mais terno, sabe que conseguiu demonstrar o seu carinho com sinceridade e que agora não é só tarefa dele atestar a verdade desta afirmação, sabe também que não é mais uma ação exclusiva dele a construção de uma amizade sincera.
Neste sentido sinto que há muito a ser construído ainda, mas sinto também os primeiros raios de luz invadindo o salão amplo de minhas emoções e vejo um futuro diferente a cada despertar, a cada semana que a vida nos ensina a caminhar e revive nossa amizade.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Illuminare (i lux numquam moritur)

Nem sempre a Luz aparece da forma como desejamos, não controlamos os raios do sol, nem a direção dos feixes de luz.
Neste sentido venho aprendendo que existe grande semelhança entre a Luz e o Amor e que os dois chegam a se confundir. 
Não escolhemos o Amor, ou melhor, quem vamos amar, não controlamos, dominamos ou guiamos o amor, somos passageiros apenas. Assim como o solo que espera os raios de Luz do astro rei, assim como um quarto escuro espera o brilho da Luz, o coração vive a esperar a Luz do Amor tocar-lhe a pele. Como o solo e o quarto escuro, o coração também desconhece o tempo de sua Luz, mas se reaviva próximo dela.
Nem sempre a Luz vem na intensidade que esperamos e é natural perdemos o controle esperando que esta Luz, este brilho nos tome por completo, e por este motivo sofremos demais sonhando com a nossa intensidade e não aproveitando o que a Luz nos trouxe.
Hoje vejo que o Iluminare não veio do meu engenho criativo, veio sim para mostrar que estou diante de uma Luz e que não tenho controle sobre ela. O mais importante de tudo é entender que o melhor comportamento diante da Luz não é o da trepadeira que segue e direção a ela tomando tudo a sua volta, o melhor caminho é o do girassol que não se move atrás da Luz apenas se direciona para recebê-la melhor.
Hoje sinto que pensando assim a vida ficará mais amena e se a Luz um dia se intensificar e me aquecer estarei com minhas raízes firmes e pronto para este calor, assim como o girassol esta sempre pronto a cada nascer do dia, muito diferente da trepadeira que invade tudo e no final já não sabe onde é o seu início e o seu fim.

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