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terça-feira, 25 de junho de 2019

Plenitude - Fundamentando em Pedra.

Plenitude: estado do que é inteiro, completo; totalidade, integridade.
É um conceito que se conhece, mas, que talvez não seja o mais difícil de um ser humano vivenciar.
Platão afirmou que o Universo é pleno, pois, nele estão todas as possibilidades, não lhe escapando nada. O que, em dadas proporções, vai ao encontro com a ideia da plenitude de Deus citada por Paulo em Efésios. Afinal de contas, se o Universo é pleno, Deus sendo descrito como Oniciente, Onipresente, Onipotente, entre outras características Univesalizantes, torna-se, por definição, o próprio Universo. 
O Universo de Deus, para muitos, é o coração do homem. 
Esta ideia é muito rica e trás a nós, seres humanos, uma grandeza preciosa ao dizer que o coração do homem tem a grandeza, ou seja, contem tudo o que existe. 
Desenvolvendo a ideia, o coração do homem seria capaz de enxergar, sentir, criar, destruir, edificar e um infinito de verbos, no sentido de ações que modificam o meio. Sendo, a intenção do homem, o princípio, o meio e o fim do Universo a que ele mesmo pertence e vive. Assim sendo, o homem não seria só a obra de Deus e sim parte, ou mesmo, o próprio Deus que o gerou e habita, também, dentro do coração, da intenção geradora, do Universo particular de cada um dos homens.

A profundidade desta ideia foge-me a parca capacidade descritiva e para elucidação, e, aprofundamento deste tema, se faz necessário buscar por ferramentas que auxiliem-me neste engenho. 
Creio que serão bons anos de busca e estudos que, confesso, inicialmente esta muito mal planejado, muito mais baseado em conhecimentos de internet, em princípios particulares, além de uma minguada leitura de poucas obras literárias, mas, é um projeto que se inicia, e, dentro de poucos anos terei mais a dizer, dando desenvolvimento a este texto que é a pedra fundamental desta nova busca que dividirei aqui, mais por registro do que por audiência, com os que se interessarem.
O Opinião Manakeu não é um espaço para o debate, é, onde as ideias do Manakeu, que vos fala, quando por interesse próprio, são expostas.  
Auxilia a quem deseja conhecer, com tranquilidade, um pouco do poeta, destacando-se da velocidade do pensar e do furacão frenético da forma que,  muitas vezes,  não possibilitam uma apurada visão, a olho nú, do sonhador no dia a dia.


segunda-feira, 11 de março de 2019

Campo devastado

Ontem achei que não conseguiria levantar hoje, dada a dor que meu coração carrega.
Fiz-me de forte e aguentei até o segundo onde perdi as esperanças e vi a chuva tocar o solo no momento em que as minhas lágrimas tocavam meu rosto. Até aquele último momento de esperança ainda pude acompanhar este fato para depois entregar-me, sem possibilidade de defesa ao rio de lágrimas que se fez em meu rosto.
Hoje, obrigado a erguer a casca vazia que restou do meu ser e ir ao trabalho diário notei que, o céu havia chorado em excesso também... minha derrota fora sentida e a tristeza compartilhada... morrera um ser nesta noite, o que sobrou foi somente a destruição que, por força da obrigação fui ver de perto. 



Encontrei na lama, nos carros cobertos pelas águas, no lixo em alturas que jamais sonharam em estar o espelho do que meu peito se tornara. 
Era minha imagem, do meu interior de frente para o espelho, a destruição que sobrou depois da devastação da guerra que assolou o meu coração.
Os olhares das pessoas sujas de lama salvar o que sobrou, encontrava em mim a reciprocidade.
Não houve surpresa em meu olhar parecia mesmo que eu assistia a mim mesmo buscando na lama algo de que sobrara do meu esforço inútil. 
Os olhares resignados e nas pernas cansadas e sujas de barro andando a esmo não conheci comoção em meu peito, nele reconhecia a empatia, de quem cansado se arrastava na mesma lama e, também, a esmo seguia junto de seus pares ambos sobre os destroços de anos de dedicação e esperanças. 
Não perdi nenhum bem material, como meus pares acabaram de perder mas, nesta hora, quando a dor ultrapassa o desejo das lágrimas não importa o motivo, a causa já deixou suas marcas, fica a incompreensão, a dor que de tão imensurável, encontra em outras dores a irmandade do sofrer sem palavras, do silêncio que não cala as palavras, mas, emudece a alma.
Assim choramos todos, agora sem uma lágrima sequer, pelo contrário, é a aridez da alma que faz de qualquer desgraça algo comum, algo tão tangível que sequer comove, pois, apenas se soma ao campo devastado dos próprios passos sem rumo que, os que sofrem, seguem juntos.

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