Ai o medico vira para você e diz que você é bom e inocente da forma como é por conta do transtorno que você tem!
Inicialmente senti uma boa sensação, pois me sentia meio "fake" por ser questionado sempre quando a minha inocência e pela bondade, sendo chamado de bobo ou apaixonado.
Depois, no entanto, minhas conclusões começaram a transformar a sensação boa em ruim. Afinal, eu talvez não fosse bom ou inocente, se não tivesse o tal TDAH. Desta forma, eu poderia ter vivido uma vida mais condizente com a realidade a minha volta há muito tempo e não teria enfrentado as dificuldades que enfrentei. Porque, não teve nada de bom em ser "bom", pelo contrário talvez fosse mil vez melhor um pouco de maldade nas atitudes, sagacidade e "otras cositas".
Vejo um homem que vive ainda como uma criança, que crê na bondade das pessoas e realmente se esforça para agradar esperando ser agradado igual os filhos fazem com os seus pais.
Ah! Então mude!!!
Esta é a afirmação que seria mais corriqueira. E a resposta é simples.
Não é uma escolha ser assim, faço o melhor da maneira como sou, mas com certeza se eu pudesse seria diferente, pois da forma como sou muita gente que não merece recebe muito mais do que devia comigo.
Pelo menos fico feliz por não ser o oposto disto, pois era uma possibilidade segundo o mesmo médico, então antes bobo do que maldoso...
O chato é que o meu coração é aberto e o mundo parece ser algo frio e endurecido, de difícil acesso para quem chega sem armadura.
Conclusão... to isolado, praticamente sem amigos há anos e completamente magoado, esperando sempre o pior das pessoas e pior... sempre recebendo o pior das pessoas...
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