Não sei o que os outros diriam, porém, faço alusão aqueles filmes onde têm aqueles treinadores russos super exigentes e um atleta talentoso, porém totalmente desinteressado.
Sou o atleta talentoso e desinteressado e no mesmo corpo ao mesmo tempo quase que ao mesmo instante sou o treinador russo exigente.
A polícia e o ladrão lutando no mesmo ser, "um de olho no outro sempre". Basta o policial piscar, que o ladrão rouba algo e uma tarefa é esquecida, algo fica para trás, uma amiga é perdida pelo excesso de carinho e por ai vai...
O técnico russo fica 24 horas lutando para que o seu atleta desatento, beberão, chato, brigão e atrapalhado não erre e continue treinando corretamente para conseguir resultados, porém, como nos filmes geralmente é esse treinador que irá limpar a sujeira do atleta quando ele faz as burradas de sempre. Como perder uma amiga por exemplo? Haja força para levantar a cabeça desse atleta de novo!!!
O duro é que nas vitórias a multidão não esta la para aplaudí-los, pelo contrário, o atleta quer um abraço e comemorar seu feito, mas encontra apenas um técnico russo dizendo, "Bom, mas poderíamos ter ido bem melhor se você tivesse se esforçado um pouco mais".
Assim vou vivendo, esquecendo algo ali, fazendo feitos acolá, errando coisas simples aqui e acertando coisas impossíveis (não me perguntem como) e por ai vou...
Assim quando olho para a minha solidão chego a quase entender o porque ela ocorre, quase porque também acredito ter alguma qualidade que valha a pena, mas realmente aguentar a intensidade "faca entre os dentes" que acabo levando a vida é realmente complicado.
Dói, mas acredito que além dos dois, o russo e o atleta não tenho mais ninguém só a solidão de quem esta sempre buscando não errar.
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